Na água...
O sulfato de cobre pode ser aplicado nas águas como algicida, estando sujeito a autorizações e normas específicas para isso. A lixiviação do cobre presente nos solos após aplicação do pesticida, pode arrastar este mineral para lagos, rios, etc., bem como para águas subterrâneas. Por outro lado, a contaminação das águas pode ser causada por limpeza inadequada do equipamento de aplicação do pesticida ou rejeição inadequada deste [1].
O sulfato de cobre é muito tóxico para os organismos aquáticos, tanto para os invertebrados (caranguejo, camarão, ostras) como para os peixes, variando a toxicidade com a espécie e as propriedades fisico-químicas da água.
Não foi demonstrada bioacumulação nestes organismos, o que é vantajoso uma vez que esta poderia acarretar problemas para a saúde do Homem, consumidor deste organismos [1] [2].
O cobre é um elemento natural no solo. A sua proveniência do pesticida será problemática pelas doses elevadas em que se poderá encontrar e pelo risco de lixiviação, que contudo é baixo para a maioria dos solos.
Há bioacumulação deste elemento no solo, estando intimimante relacionada com a ligação do cobre a matéria orgânica e com valores de pH elevados. Portanto, solos orgânicos e alcalinos têm maior quantidade de cobre e menor biodisponibilidade deste mineral, o que pode levar a deficiência de cobre nas plantas [3].
No entanto há uma porção de cobre biodisponível que será absorvido pelas plantas para o seu desenvolvimento. Sendo um micronutriente, as necessidades são mínimas e o seu excesso pode perturbar a fotossíntese e inibir a absorção do ferro pelas plantas [4]. Com base na literatura, o risco para as plantas terrestres não-alvo (do pesticida) é considerado baixo [2].
Há também um risco a longo prazo para os mamíferos pela exposição através da dieta. Neste grupo inclui-se o gado, as aves e sobretudo as ovelhas. As abelhas também estão em risco principalmente perante a calda bordalesa, mas é necessário mais dados [1][2].
Porém, o risco do excesso de cobre no solo é sobretudo para os microrganismos do solo, como as minhocas [4].
Para evitar a bioacumulação a doses tóxicas, são legisladas as doses de pesticida a ser aplicadas por hectare por ano.
No solo...
Seja responsável. Use o pesticida de acordo com as indicações e legislação de forma a proteger o ambiente!
Referências Bibliográficas:
[1] EXTOXNET. Copper Sulfate 5/949 [Disponível em: http://pmep.cce.cornell.edu/profiles/extoxnet/carbaryl-dicrotophos/copper-sulfate-ext.html] acedido a 25 maio 2016
[2] EFSA Scientific Report. Conclusion on the peer review of copper compounds. 30 September 2008, 187, 1-101
[3] Schulte, E.E.; Kelling, K.A. Soild and Applied Copper. Understanding Plant Nutrientes (1999) A2527 [Disponível em: http://corn.agronomy.wisc.edu/Management/pdfs/a2527.pdf] acedido a 25 maio 2016
[4] AgraPoint. Soil Copper Additions from the Use of Copper Sulfate Footbaths – Too Much of a Good Thing?. Perennia [Disponível em: http://www.perennia.ca/Fact%20Sheets/Other/Soils/copper%20fact%20sheet.pdf] acedido a 25 maio 2016